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De Bonito para o Brasil; conheça a história de Reinaldo Aivi a voz padrão do rodeio Brasileiro

Nas estradas entre um rodeio e outro, já trabalhou em vários estados, Acre, Rondônia, Mato Grosso, Pará, Goiás, Paraná, São Paulo, e no seu estado o Mato Grosso do Sul.

Por Noé Faria - DRT 1704/MS - Maracaju Notícias em 25/10/2024 às 10:13:11
 Foto: Divulgação/Redes sociais

Foto: Divulgação/Redes sociais

Com certeza, alguma vez você já deve ter ido a uma festa do peão de boiadeiro ou rodeio como é popularmente conhecido. E ali, naqueles minutos que antecedem o início e também durante as montarias, você deve ter ouvido alguém, constantemente, agradecer e divulgar os patrocinadores, assim como toda a movimentação que envolve o rodeio, na maioria das vezes não aparecem aos olhos do público, mas são essenciais e indispensáveis para o andamento do evento, estão sempre ligados.

A partir de agora, vamos conhecer um pouco da história de Reinaldo Aivi, o jovem Sul-Mato-Grossense, de Bonito, cidade conhecida no mundo todo por suas belezas naturais, e que também tem um talento que conquistou o mundo do rodeio, com o seu brilhante trabalho dedicado ao esporte mais radical do planeta

Filho de Dario Aivi e Antoninha, Reinaldo Aivi, cresceu ao lado do irmãos; Maria Elizabete, Renato e Elizete, desde pequeno já trabalhava nas diárias e ajudando o pai Dario que pegava ''empreitas'' dos vizinhos, para ajudar nas despesas da casa.

Aivi morou na região conhecida como três morros, aonde vivia na propriedade de seu Avô, Bernardo Aivi, onde estudava na escolinha na sede da fazenda, sempre foi ligado ao campo, trabalhava na roça com o pai, na época cultivava feijão, arroz e milho.

Ainda na adolescência, um certo dia encontrou a beira de uma estrada, uma fita cassete, e nela constavam narrações daquele que mais tarde, se tornaria o maior narrador de todos os tempos, o inigualável capitão Asa Branca. Aivi recorda que na época ouvia repetidamente o áudio em um aparelho toca fita 2 taipies, seja duas entradas, ali começava a sua paixão pelo esporte chamado rodeio. O dom de transmitir emoções através da voz, começou muito cedo, por volta dos 13, 14 anos, ia buscar água na mina e fazia o trajeto narrando, como se estivesse em uma arena de rodeio.

Dario Aivi, observando o dom do filho, lhe presenteou com uma fita K 7 com narrações da lenda do rodeio Brasileiro, Zé do Prato, gravado durante rodeio em Adamantina, no interior paulista.

Brincava de narrar, com equipamentos que na maioria das vezes, não tinha uma boa qualidade, mas quem o ouvia, notava que tinha 'futuro'. Em 2001, quando estudava na escola Estadual Luiz da Costa Falcão, teve a oportunidade de se apresentar em público, foi quando o professor de história, Jair Bezerra, promoveu uma gincana interclasse, entre as atividades teria que cantar uma música, Aivi aproveitou a ocasião e declamou um poema do locutor de rodeio Marco Brasil, sendo aplaudido de pé por todos presentes ao evento. Após esse dia, sempre era convidado para representar a escola em eventos, como em festas do folclore e outras festividades, lá estava ele, soltando a voz e sempre declamando poesias.

O tempo foi passando e a paixão pelo rodeio ia aumentando, em 2003 teve a oportunidade de falar um verso de rodeio, em uma região conhecida como Vila Machado, no recinto Country, por lá narravam as emoções dos 8 segundos, Reinaldo Kastanha e Pena Branca "O cowboy do pantanal'', ambos com longa bagagem no rodeio nacional. "Foi algo inexplicável, parece que eu estava dentro de um buraco, de tanta vergonha que fiquei por ser a primeira vez, mas fui aplaudido por todos na arquibancada", conclui Aivi.

Como diz o ditado, quem tem sonhos tem que correr atrás, e no ano seguinte ele foi mais audacioso, durante um rodeio na região, conheceu Paulinho Quebracho, tio do locutor Márcio Alexandre, Paulinho na ocasião estava fazendo assessoria ao sobrinho, foi quando Aivi pediu uma oportunidade, dizendo a ele que era "daqui", coloca meu nome aí e me chama para narrar umas montarias, a conversa chegou até o locutor Márcio Alexandre, que lhe deu a oportunidade para narrar todas as noites. Ali, Aivi viu bater no peito, cada vez mais forte a paixão pelo rodeio, e foi em buscas de novas oportunidades.

E as oportunidades sempre vieram com as companhias de rodeio, entre elas: Cia Ortiz, de Dona Santa Ortiz, Polaco e Derley. Locutor também presta serviços ao Rodeio e Cia, de Elias Venâncio. Caboclo humilde, simples, mas com boa relação com contratantes e equipes contratadas.

Em 2005, em Bela Vista, no rodeio da Marca Cabeça, de Valdir de Brito, da cidade de Maracaju, pediu uma oportunidade e foi dada, mas com uma condição, tinha que ficar no caminhão de som falando os patrocinadores e no final deixava ele narrar as últimas montarias, o som era do Maurinho Berne, da Super Star Som. Naquele rodeio também estava narrando o locutor Henrique Soares, que ao ouvir o trabalho de Aivi, disse que ele era uma pedra preciosa que precisaria ser lapidada. E assim o jovem talento de bonito, seguia a caminhada, falar dos patrocinadores e narrar as últimas montarias.

Já em 2008, em Bodoquena, enquanto fazia o comercial do rodeio, chamou atenção do locutor goiano de Serranópolis, Gilvan Rodrigues, que pediu para gravar umas vinhetas para ele, Cicero de Moura também estava naquele rodeio. Enquanto Aivi estava gravando a vinheta, o locutor Goiano, recebeu uma ligação de um presidente de um rodeio no norte do País, e perguntou, se o mesmo já tinha contratado o locutor comercial para o determinado evento, ao ouvir o não do outro lado, disse: ''Aqui tem um cara muito bom, voz grave", e já intermediou e fechou o evento.

A partir desse evento, foi tomando gosto pelo trabalho de locutor comercial (Voz padrão), e tem como inspiração Siderley Clein, um dos maiores de todos os tempos, Clein inclusive foi o criador dessa atividade e termo voz padrão no rodeio.

Nas estradas entre um rodeio e outro, já trabalhou em vários estados, Acre, Rondônia, Mato Grosso, Pará, Goiás, Paraná, São Paulo, e no seu estado o Mato Grosso do Sul.

Reinaldo Aivi, reside na linda cidade turística de Bonito, no interior do Mato Grosso do Sul, de onde viaja para todo o Brasil. O jovem de 40 anos é casado com Cidemara Belato, e pai da pequena Maria Antônia.

Durante toda a carreira, o locutor relata que sempre teve o apoio de vários locutores e profissionais do meio "rodeístico".

Algumas parcerias são importantes para a sua caminhada, entre elas: Dourados Digital (Clezer Gomes), HB Lanches (Henrique Benites), Kazu Car Veículos, Tecpulverizacão (Tiago Araujo), Ribeiros Serviços Gerais (Nego Ribeiro), Secretaria municipal de Finanças (Beto Gonçalves), e Prefeitura Municipal de Bonito, através do Prefeito Josmail Rodrigues, que sempre apoia todo e qualquer tipo de esporte.

Em 2013, teve a oportunidade de conhecer a cidade de Barretos, durante um curso de locutor de rodeio ministrado pelo saudoso Barra Mansa, na ocasião acompanhava o locutor Zé Carlos "O cowboy das arenas", de Corumbá. Ambos receberam das mãos de Barra Mansa, o certificado de locutor de rodeio.

Aivi é destaque nacional como locutor comercial (Voz padrão), mas também é locutor de rodeio e comentarista técnico, e sempre que acontece algum imprevisto, cai para dentro das arenas e dá conta do recado.

Reinaldo Aivi é considerado por muitos, como um dos principais locutores comercial (Voz padrão), sendo requisitado em várias regiões do Brasil.

Reinaldo Aivi, voz comercial (Padrão) do rodeio - Foto: Divulgação/Redes sociais

*Noé Faria – Jornalista DRT 1704/MS e Radialista

Fonte: Maracaju Notícias

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