No vestiário após o jogo em que o Brasil venceu Camarões por 3 a 1, já na noite de quarta-feira (11), em Bogotá, Priscila pediu a palavra durante a roda de oração da Seleção, elogiou suas colegas pela vitória, mas fez um alerta – a equipe tem que manter o foco o tempo todo. Repetiu assim o que a técnica Rosana Augusto costuma pedir diariamente às atletas.
"É muito importante a gente começar o jogo ligadas, acabamos pecando nisso. Elas vieram com muita vontade. A outra seleção não pode ter mais vontade que a gente", disse a atacante, que empatou o jogo ainda no primeiro tempo, em cobrança de pênalti.
"Sofremos um gol ali, de início, mas o bom é que conseguimos reverter a situação. A gente teve cabeça, no momento mais difícil por que passamos na competição, conseguimos sobressair. Achamos o primeiro gol comigo e depois os outros dois com a Dudinha. Que bom que a gente sofreu agora. Vamos aprender com esse sofrimento."
A Seleção perdia por 1 a 0 quando Vendito foi derrubada na área. A árbitra marcou pênalti, mas o banco de reservas de Camarões pediu revisão do lance. Enquanto perdurou a indefinição, Priscila manteve o foco. Não se desconcentrou, ficou de cabeça baixa, olhando a bola, esperando a decisão da arbitragem. Confirmado o pênalti, ela caprichou.
"Naquele momento da revisão do pênalti, eu comentei com elas (suas colegas) sobre a questão emocional. Da importância de estar focada. Ali eu foquei, baixei a cabeça, concentrada, até a árbitra se decidir. Depois, fui lá e fiz."
CBF